Depois do HMNSE, agora o bairro fica sem médicos
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O problema da falta de médicos, tão comum no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp durante os fins de semana, parece que atinge, agora, também o Pronto Socorro do Alto da Serra. No último domingo, pais e mães que levaram os filhos para ser atendidos no PS tiveram que se dirigir para o Hospital Alcides Carneiro. A confeccionista Patrícia Moura, que estava na unidade de saúde, contou que foi grande o número de pessoas que procuraram o PS no domingo. “Vi chegarem crianças com febre alta, passando muito mal, até com a cabeça machucada. Todas tiveram que ir embora. Os funcionários do pronto-socorro estavam mandando os pacientes para o HAC”, disse.Patrícia estava no PS com o tio, Márcio Luiz Vieira, de 47 anos. Ela chegou na unidade às 11 horas e ficou lá até às 17h30, quando, então, saiu a vaga na Unidade de Tratamento Intensivo no Hospital Santa Teresa. “O hospital estava lotado. As pessoas estavam fazendo peregrinações nos hospitais. Quem chegava lá já tinha passado pelo Bingen. Quando o meu tio começou a passar mal, já viemos direto para cá”, disse. Um técnico em informática, que não quis se identificar, também estava no PS e contou a mesma história. “Fiquei lá o dia inteiro e era revoltante ver as pessoas saindo sem atendimento. Fico pensando nas pessoas que não têm carro, que têm que ficar andando de ônibus de um lado para o outro, com o filho passando mal. É revoltante”, contou. O técnico estava na unidade de saúde acompanhando o pai, de 59 anos. Segundo ele, apesar de toda a falta de estrutura, os médicos estavam fazendo o possível para atender os pacientes. “Meu pai foi muito bem atendido. Os profissionais fazem o que podem. Tinha muita gente lá e poucos leitos. O PS não tem estrutura para atender a toda essa demanda”, disse. O pronto socorro do Alto da Serra tem sido a esperança de atendimento para muitas pessoas, já que o HMNSE, desde o ano passado, não conta com profissionais no fim de semana. “Acho um absurdo ter médico apenas no HAC. Lá é muito longe, principalmente para quem depende de ônibus. É uma falta de respeito com a população”, lamentou Patrícia. Segundo funcionários do PS, no sábado, dia 15, era para a unidade de saúde estar fechada, e ontem eles deveriam se apresentar no HMNSE. “Ficou confuso este final de semana. Não sabíamos se era ou não para vir trabalhar”, informou um deles.
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