Cerca de 400 servidores da Saúde participaram ontem da assembléia que decidiu pela permanência da greve, iniciada na última quarta-feira. A reunião aconteceu na Praça da Inconfidência e contou, inclusive, com o apoio da população. Até a possível confecção de um abaixo-assinado para pedir o impeachment do prefeito Paulo Mustrangi, no caso da permanência do impasse, chegou a ser cogitada pelos manifestantes.
A sugestão foi dada pela representante do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Previdência e Trabalho no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev/RJ), Rosimere Paiva, que subiu a serra para apoiar os servidores petropolitanos . “Da mesma forma que a população teve o poder de colocá-lo naquela cadeira, pode pedir que ele seja retirado. Caso a situação não seja resolvida, uma manifestação na frente do Palácio Guanabara, pedindo que o governador interceda pela cidade, pode ser organizada”, disse Rosimere.
Profissionais de odontologia também aderiram ao movimento. Durante o seu discurso, Ester Mendonça, que integra a comissão de greve, disse que o objetivo da paralisação é mostrar ao governo que querem negociar. Ela ainda esclareceu algumas dúvidas dos servidores e explicou que os funcionários não podiam, simplesmente, deixar de atender a população, para que não fosse caracterizado o crime de omissão de socorro. “Os funcionários que ainda estão em fase probatória também têm o direito de participar”, completou Ester.
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